De acordo com o secretário executivo da Seplag, Flávio Ataliba, o retorno dos eventos ainda estão sendo avaliados, pois a prioridade do governo é inserir primeiro “atividades de menor risco”

O Centro de Eventos é um dos espaços onde ocorrem mais eventos de negócios no segundo semestre do ano, no Ceará

Paralisados desde março com o decreto de isolamento social, o setor de eventos ainda segue com suas atividades interrompidas, mesmo com o avanço para a quarta etapa em Fortaleza do plano de retomada da economia do governo do Estado. O secretário executivo de Planejamento e Orçamento da Secretaria de Planejamento e Gestão do Ceará (Seplag), Flávio Ataliba, pontua que quando for permitido o retorno das atividades do setor, os eventos de menor porte têm maior possibilidade de serem os primeiros a voltarem.

“Nós estamos na iminência de voltar a educação e voltar eventos também. O governador achou por bem não incluir agora esse segmento, porque ele representa o movimento de muitas pessoas na própria cidade, então, é mais uma tarefa de cautela”, ponderou, afirmando que “está estudando ainda e há possibilidade desses eventos menores voltarem primeiro, que são em relação aos outros considerados eventos com menor risco”.

Ataliba explica que o governo ainda está avaliando a segmentação de quais tipos de eventos poderão voltar a acontecer.

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“O que nós estamos trabalhando é segmentar que tipo de evento pode voltar, eventos com uma menor quantidade de pessoas e escalonar no tamanho do evento. Claro, que eventos que tem grandes aglomerações, como as festas de fim do ano, geram grandes aglomerações e há um risco alto de, a partir dali,  você produzir novo contágio”, comenta.

Menor risco

O secretário argumenta que o setor de eventos “representa muito para a economia cearense”, pois está atrelada ao turismo e é este tipo de evento que Fortaleza está acostumada a presenciar. No entanto, ele avalia que é preciso ver os outros eventos menores, como casamentos, reuniões de trabalho e congressos.

Ele ressalta que este “planejamento é fundamental “, pois a maior preocupação do governo neste momento é inserir primeiro “as atividades de menor risco”. De acordo com Ataliba, nesta semana o governo irá voltar a discutir sobre as atividades econômicas que ainda não voltaram a operar, como o segmento de eventos e escolas.

Servidores públicos

Além do setor de eventos, os servidores públicos também não retornaram suas atividades e seguem sem data para isso. Ataliba relata que alguns segmentos estão operando bem com o regime de home office, em especial aqueles que atuam no “planejamento de atividades”.

“Os servidores públicos ainda não tem data. Nós inclusive estamos avaliando, porque em alguns segmentos estão funcionando bem o home office, principalmente na parte de planejamento de atividades. Quando a gente observa, os cargos de direção, as coordenadorias que atuam muito a tarefa de planejar e de dimensionar algumas atividades, elas têm funcionado bem”, relata.

O  secretário também observa que algumas atividades do setor público apresentam uma maior necessidade da presença física do servidor. No entanto, neste momento, a maior urgência é em relação à educação e eventos.

Outros segmentos

Ataliba comenta que os outros segmentos que estão aptos a operar como: academias, autoescolas e parques temáticos devem tomar todas as medidas exigidas nos protocolos.

Em relação as academias, ele reforça a necessidade de agendamento e sobre a permanência de até uma hora dentro do estabelecimento, para possibilitar o rodízio de pessoas e evitar aglomerações. Além das medidas de distância de 12 metros quadrados (m²), utilização de máscara, álcool em gel e aferição de temperatura.

A fiscalização das academias será efetuada pela prefeitura ou pelo governo do Estado com apoio da polícia militar. Ataliba pontua que esta não é uma tarefa “fácil”, pois a estrutura de fiscalização não estava preparada para atender uma pandemia .

“Evidentemente que você abrindo as academias, você inclui um grande número de novos estabelecimentos que precisam ser fiscalizados e não é uma tarefa fácil. Nossa estrutura de fiscalização, como em canto nenhum no mundo estava preparada para atender uma pandemia”.

As autoescolas devem seguir os mesmos protocolos utilizados nos transportes urbanos. Se possível vidros baixos para a circulação de ar, utilização de máscaras e álcool em gel.

Já os parques temáticos devem também seguir a distância de 12 m², mesmo que o consumidor retire a máscara para tomar um banho de piscina em outros ambientes do parques é necessário utilizar a máscara e evitar aglomerações. Vale ressaltar que os parques temáticos estão autorizados apenas em Fortaleza.